quarta-feira, 11 de junho de 2008

Iguaba Grande

Iguaba Grande

Aniversário: Aniversário: 08 de Junho
População: 20.000 habitantes
Área do Município: 42Km2
Principais Atividades Econômicas: Comércio, construção civil e turismo
Endereço: Av. Paulino Rodrigues de Souza, 3.200 - Cidade Nova - Iguaba Grande/RJ Brasil
Telefone: (22) 2624-3275

O distrito de Iguaba Grande, que pertencia a São Pedro da Aldeia, foi criado pela Lei n.º 2.161, de 8 de junho de 1954, tendo se emancipado por intermédio da Lei estadual n.º 2. 407, de 08 de junho de 1995.

Está situado na Região Leste do Estado do Rio de Janeiro, mais conhecida por Região dos Lagos, agora Costa do Sol, que tem como denominação oficial de Baixada Litorânea Fluminense. É dotado de praias atraentes com águas calmas e transparentes, ensolaradas durante quase o ano todo.

No dia 13 de março de 1994, cerca de 94% dos eleitores foram as urnas concordando com a emancipação do distrito. A votação popular para determinar a separação político administrativa de Iguaba Grande foi de grande importância para a Região dos Lagos.

O novo município é mais um a reivindicar soluções para problemas que a municipalidade não consegue resolver. Iguaba Grande possui diversos bairros e povoados, e um grande número de loteamentos e condomínios (a tendência é crescer mais ainda). O último censo realizado em 2.000 pelo IBGE, registrava a existência de 15. 052 moradores fixos.

Iguaba possui 32 Km2 de extensão territorial. Limita-se com os municípios de São Pedro da Aldeia e de Araruama, e está ligado à Niterói pela Rodovia Amaral Peixoto, distando 119 quilômetros e 139 quilômetros do Rio de Janeiro. Outra opção é pela Rio-Manilha, passando por Rio Bonito e Araruama, tendo acesso ao percurso que serve a Iguaba Grande, na moderna estrada da Via Lagos.

Considerada privilegiada por sua tranqüilidade e belezas naturais, Iguaba Grande atrai veranistas e assíduos freqüentadores, que desfrutam dos recantos pitorescos, possuindo uma boa estrutura de serviço com pousadas, hotéis, restaurantes e campings.

A capela está situada em frente à praia, na Rodovia Amaral Peixoto, Km 96, entre residências e casas comerciais. Assemelha-se ao tipo mais simples das capelas jesuíticas, obedecendo ao estilo típico da época. Construída com argamassa, óleo de baleia, pedras e conchas.

Além da reforma feita por Bento José Martins na primeira metade do século XIX, a pequena igreja sofreu em 1972, uma segunda, que, descaracterizou o seu interior.

Registra-se, também, como marco inicial as centenárias palmeiras plantadas em frete ao colégio Estadual Dr. Francisco de Paulo Paranhos que, pela altura e beleza, destacam-se na paisagem. Suas sementes são levadas por turistas brasileiros e até mesmo do exterior.

Assinala-se ainda que havia no tempo das antigas fazendas, um porto batizado com o nome de “Madeira” devido ao grande carregamento deste material e que se localizava no hoje denominado Morro de Governo. O carregamento da madeira e de gêneros alimentícios era feito pelos escravos e transportado por barcos e carro de boi, para Massambaba e outras localidades. O comércio local era abastecido por tropas de burros. Os lavradores vinham a cavalo comprar roupas e comestíveis e só pagavam quando chegava o tempo das colheitas. A pesca, por sua vez, era feita em rústicas canoas e os pescadores tocavam uma corneta para anunciar o desembarque do pescado.

Como toda cidade pequena do interior, Iguaba Grande também tinha sua estação de trem da Estrada de Ferro Central do Brasil. Fundada em 15 de maio de 1915, transportava passageiros e cargas, de Niterói a Cabo Frio e vice-versa. Alguns vagões ficavam parados perto da praia, onde hoje é o Condomínio das Garças.

Para armazenar água potável, a população utilizava-se de água de poço e da chuva, depositadas em cisternas domésticas e latas. O serviço de abastecimento encanado só veio em 18 de abril de 1978, após a fusão dos Estados do Rio e Guanabara, na administração do Governador Faria Lima.

Iguaba Grande não possuía iluminação pública e somente por volta de 1940 é que a Prefeitura de São Pedro da Aldeia implantou o sistema, utilizando óleo diesel. A manutenção do gerador era feita por um funcionário (Sr. Rubens), e logo que começava escurecer ele ligava o motor, desligando-o às 22 horas.

As festividades religiosas mais importantes são: Festa de São José (19 de março), Festa de Nossa Senhora de Fátima (13 de maio), Festa de Corpus Christi, em junho (calendário móvel), Festa Junina (Iguapira) e Festa da Imaculada Conceição (oito de dezembro), padroeira da cidade.

Iguaba Grande possui um comércio diversificado, explorando os ramos de alimentação, material de construção, ferragem, ferramenta e agropecuária. Há, também, farmácias, drogarias, açougues, padarias, lojas de roupas e pequenas casas comerciais; além de agência bancária. A exploração do turismo representa para a cidade uma importante atividade econômica, pois incentiva a instalação de novas firmas prestadoras de serviço como hotéis, pousadas, restaurantes e bares, dinamizando o comércio principalmente nos meses de verão.

A economia local baseia-se na extração de ostras e sal (em pequenas quantidades), além da cultura de laranja e mamão. Colhe-se também mandioca, banana, tangerina e limão. Outra atividade de expressão é a criação de bovinos, muares, suínos e caprinos.

As praias, ao longo da Rodovia Amaral Peixoto, com extensão aproximada de três quilômetros, variando entre cinco e dez metros de largura, apresentam areias claras, de granulação média e grande quantidade de conchas, oferecendo especial atração aos visitantes.
Outros pontos turísticos conhecidos são o trecho denominado Praia da Ilhota na altura do Km 98,5, destacando-se a Ilha de Santa Rita de Cássia, onde há um oratório construído em 1917 (destruído) e recentemente reconstruído; e a Ponta da Farinha, no Morro do Governo.

Aspectos topográficos:

Há duas unidades: planície fluvial - colinas e maciços. O relevo é pouco acidentado, com áreas planas, de baixa altitude. Essas elevações de topo arredondado raramente ultrapassam a 80 metros de altura estendem-se até a Lagoa Araruama. Destaca-se a Serra de Sapiatiba Mirim com 260 metros de altura.

Espécimes aquáticos:

Com relação as espécimens aquáticos, encontram-se os seguintes peixes da água doce: marobás, acarás, traíras, piabas, bagres, tilápias e mucuns.
E os de água salgada: tainhas, carapicus, ubaranas e carapebas.

Fatores climáticos:

A associação dos fatores climáticos e geográficos tornam o clima bastante agradável, apresentando baixo índice pluviométrico, com temperaturas médias, anuais, em torno de 22 graus centígrados. A estiagem reserva-se aos meses de inverno. Os ventos sopram durante todo o ano e, no outono, atingem maiores velocidades. Essas características favorecem o turismo. São oito os rios que cortam Iguaba Grande: Iguaçaba, Caranguejo, Pedra, Ubá, Arrozal, Fundo, Papicu e Salgado.

Fauna diversificada:

Os animais silvestres encontram-se principalmente na parte montanhosa, sendo os mais comuns: gambás, pacas, macacos-prego, micos pretos e pardos, tatús, cotias, preás, gatos-do-mato e variadas espécies de aves.
Existindo ainda pássaros tais como: garças brancas campeiras, garças-rosas (sazonal), biguás, patos d’água, garças noturnas, maçaricos e gaivotas.
Quanto aos répteis, existem jacarés, calangos e cágados (acredita-se que alguns já não mais existam).
Na classificação de ofídios temos: corais, papa-pintos, jibóias, jararacas, jaracuçus, cobras-d’água e cipós.

Mata fluvial:

A mata fluvial, baixa-montanha, ainda pode ser encontrada, englobando desde capoeira com árvores baixas e copas finas e árvores de 20 metros de altura e troncos grossos. Na serra de Sapiatiba Mirim destacam-se árvores das espécies: Ipê-amarelo, Paineiras, Cambuinha, Maricá, Pau-ferro, Mirtáceas, Sapucaia, Urucum, Aroeira, Guachima, Cajá-mirim, Pau-d’alho, Coité, Jacarandá e uma variedade de flores incluindo-se Bromélia e Orquídeas, e também peguenas quantidades de Pau-Brasil (recentemente foram plantadas diversas mudas).

Recursos minerais:

s mais importantes recursos minerais são: sal, calcário conchífero e o granito, que é extraído e transformado em brita para atender a grande demanda da construção civil da Região dos Lagos.

Tipos de vegetação:

Observam-se vários tipos de vegetação de acordo com a sua forma geomorfológica. Encontram-se também espécies de cobertura vegetal. Herbácea salina ocorre no final dos rios e junto às margens da Lagoa Araruama. Outro tipo de vegetação é a constituída de arbustos de restinga, que se caracterizam por apresentar suas formas rígidas e retorcidas.

Lagoa Araruama:

A Lagoa Araruama apresenta uma superfície de 200 Km2 com uma profundidade média de 3 metros e uma hipersalinidade constante.
A formação da lagoa, segundo estudos, se deu por afundamento de parte de planície costeira em decorrência da elevação do nível do mar.
Com base em estudos realizados na profundidade da lagoa, é sugerido que sua formação teria ocorrido antes da última fase de elevação no nível do mar, ou seja, antes do último período gracial. Baseia-se nesta interpretação a partir da datação por rádio-carbono de um fragmento de madeira, encontrado na lagoa com idade superior a 30 mil anos, aproximadamente.
O processo de hipersalinização iniciou-se com o isolamento da laguna após a construção, feita pela natureza, do cordão litorâneo holocênico há cerca de sete mil anos.

Curiosidades:

A mais antiga casa de Iguaba Grande pertence a João Clímaco da Costa e foi construída em 1889 por Paulino Pinto Pinheiro com trabalho dos escravos para servir de escola.
Só existiam duas farmácias na Iguaba Antiga: a de Ricardo, perto da Praça Edyla Pinheiro e a de Teúnas, em frente à praia.
Ali perto se localizava a padaria de Demóstenes, onde hoje é uma pizzaria. A outra padaria ficava no prédio atualmente ocupada por um comércio, na Paulino Pinto Pinheiro.
O primeiro carro foi comprado por João Fonseca, pai de Vital, atual proprietário do camping. Era um Chevrolet Ramon. Depois apareceram os Ford-29 de Filhinho Garcia e Aquiles Lopes.
A chegada do primeiro telefone foi uma festa. Pertencia ao Dr. Mário Paranhos, instalado no governo do general Edmundo de Macedo Soares. Há quase 40 anos surgiu a primeira banca de jornais, montada por Narciso Ramos Jardim e ficava em frente à padaria de Demóstenes, na esquina da Rodovia Amaral Peixoto com a rua N.S. de Fátima.
A primeira banda de música foi fundada e dirigida pelo maestro Antônio Bispo que conseguiu uma sede própria.
Uma grande conquista da população foi a instalação, a oito de maio de 1958, do Cartório Civil e Notas do 2.º Distrito. Teve como Juiz de Paz Aylton Barbosa Guimarães.

Folclore:

Ponto turístico conhecido como Serra de Sapiatiba e Sapiatiba Mirim, cercada por espécies nativas da flora e diversificada fauna que propicia ao visitante ampla visão dos municípios, que do topo pode-se ver toda beleza nativa de Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia.
Conta-se que da Serra costuma descer a estrela “Mãe de Ouro”, para formar uma lagoa encantada ao seu redor. Mas devido a pureza das crianças, somente elas podem vê-la.

Hino de Iguaba Grande:

“Mesmo não sendo poeta
Minha terra vou cantar
Tão linda, simples, discreta
Um jardim a beira-mar
És tu Iguaba querida
Terra de nossos avós
Pedaço de todos nós
Como é linda a Capelinha
Junto ao sopé da montanha
A brisa sempre mansinha
A tarde sempre risonha
Faz-nos lembrar com alegria
O Lago de Genezaré
Onde Jesus e Maria Glorificavam José”

Pratos típicos:

Nos quiosques instalados ao longo da praia, o turista pode experimentar pratos baseados nos deliciosos frutos do mar: peixes e camarões.
Uma das especialidades da culinária local é a ova de tainha pescada na lagoa, que é feita de maneira especial.
Depois de retirada do peixe, ela é lavada e coberta com sal grosso, em seguida é deixada ao sol, num tabuleiro por até uma semana. Já seca, retira-se o excesso de sal da ova e corta-se em tiras para ser frita em óleo bem quente.
Mesmo sem prova científica, é considerada afrodisíaca.
A tainha (sem ova), é preparada de uma maneira diferente e especial. Depois de temperado com sal e alho (ou somente no sal grosso), o peixe vai para a churrasqueira, mas sobre uma telha colonial, untada com azeite ou óleo de soja. A tainha, assada a gosto, é servida na própria telha, acompanhada de arroz branco e molho de tomate, cebola, azeite, vinagre e limão.
Essa maneira de preparar a tainha vem dos antigos pescadores que passavam a noite inteira no meio da lagoa, capturando peixes e camarões. E, quando descansavam em alguma praia, preparavam o pescado com fogueiras feitas na areia.

Como chegar
Via Rodovia Amaral Peixoto
(Saindo da Ponte Rio-Niterói, entrar na Alameda São Boa Ventura e seguir a Rod. Amaral Peixoto (RJ-106) até Iguaba Grande).
Via Rodovia Niterói-Manilha
(Saindo da Ponte Rio-Niterói, seguir a Rod. Niterói-Manilha (BR-101) e entrar na Via Lagos(Rodovia com pedágio), seguir até a entrada de Iguaba Grande ou pegar a Rod. Amaral Peixoto (RJ-106), na saída para Araruama e seguir por ela beirando a orla até Iguaba Grande).

2 comentários:

Unknown disse...

Acho Iguaba Grande uma cidade encantadora para se passar um temporada.,e até para quem quiser morar em uma cidade do interior com uma bela lagoa para mergulhar.,com águas calmas.,uma lagoa enorme!Só é pena esta cidade e principalmente a lagoa não ser muito valorizada!Esta lagoa é a terceira maior do mundo.,e para quem gosta de mar ,mas tem medo de ondas grandes.,ou gosta de mergulhar com tranqüilidade.,este é melhor para se morar,ou passear!

Anônimo disse...

A verdade não contada sobre a pedagiada ViaLagos:
Eis as palavras do Sr. Márcio Roberto de Morais Silva, Diretor-presidente da ViaLagos:
"Sabemos que ainda há muito a ser feito. Nossa missão é viabilizar soluções e investimentos em infra-estrutura rodoviária de qualidade e, na Rodovia dos Lagos – pode ter certeza – nós cuidamos de você!"
Senhor Márcio Roberto, o senhor acha mesmo que através da gananciosa CCR, que administra a macabra ViaLagos, a gente pode realmente ter certeza que voces preservam a nossa segurança?
Ou melhor, voces cuidam realmente da segurança de nossos filhos que ali são obrigados a trafegar?
Veja então os pormenores sobre os dois rapazes que morreram carbonizados na sua ViaLagos:
http://carlinhosbuzios.wordpress.com/2009/07/03/pai-reconhece-carro-do-filho-em-noticiario-da-tv/
Ora, senhor Márcio, deixe o cinismo de lado e pare de pronunciar balelas e asneiras, uma vez que voces sabem que o principal investimento em infra-estrutura de qualidade rodoviária na ViaLagos, seria a necessária construção da mureta central quando a estrada foi privatizada...pois voces sabem tão bem quanto nós, que esta mureta é uma obra tecnicamente exigida, seja qual for o número de veículos que circulam na estrada diariamente e que se ela tivesse sido construída, hoje os pais daqueles dois rapazes, não estariam vivenciando o que nem eu, o senhor e os donos da CCR, não gostaríamos de passar: a dor da perda de seus filhos...
Em verdade, a CCR, se aproveitou das falhas no modelo de concessão, para que não viesse a construir a vital mureta central na rodovia quando ela foi privatizada...mas parte da culpa está sobre os ombros do governo da época em que deveria ter repassado à iniciativa privada uma rodovia pronta, e não com investimentos a fazer...aí a CCR "deitou e rolou" e quem paga o preço com a própria vida, são os seus usuários...

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